Setembro me ensinou muita coisa. E isso não inclui aquele papo "depois dos 15 menina vira mulher...", porque pra mim isso sempre foi irrelevante.
Setembro é o mês que o frio cedo seu lugar para as flores. Não é o fim do ano, mas é quando nós nos damos conta que o fim está próximo.
Em geral, eu aprendi a dar valor. Aos meu amigos, que estão sempre do meu lado, à minha família que se importa comigo mesmo quando eu mesma não me dou o valor merecido.
Aprendi à valorizar os momentos simples. A me importar menos com 'o que' e mais com 'quem'. Aprendi que nem tudo é como nós queríamos que fosse, mas que isso será explicado... Cedo ou tarde. Enquanto isso, exercito minha paciência.
Aprendi que uma pessoa pode acrescentar vida aos nossos dias com palavras não necessariamente românticas.
Aprendi que ficar por ficar é chato e não compensa.
Aprendi que depois de uma decepção a gente não deve desistir de tudo, e sim depositar expectativas em outras coisas, e pessoas.
Me fizeram reconhecer da pior maneira possível que ter alguém noite e dia ao lado faz falta.
Aprendi que o passado pode ser apagado e ceder seu lugar pra coisas prósperas, que beneficia a todos de forma mútua.
No final das coisas, setembro pode ser resumido em poucas palavras: festas, nostalgia e um bom livro.
Agora eu sei que as coisas não voltam. Não porque a vida é ruim, ou injusta, mas porque PRECISAMOS escrever novas páginas do livro da nossa vida. Livro este que não permite rascunhos, ou arquivos. No máximo lembranças.
Aprendi, acima de tudo, que se nós não nos esforçarmos pra ser felizes, a felicidade não vem.
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