sábado, 13 de setembro de 2014

Sobre a nostalgia de um verão qualquer

Não sei o que o verão tem, mas alguma coisa muda com a sua chegada. Reza a lenda que a vida fica mais leve, o riso fica mais frouxo, e os amores mais intensos. Todas as vezes que paro pra pensar nos melhores momentos da minha vida, percebo que neles o termômetro marca 40 graus. O calor vem pra aquecer as nossas almas da amargura do inverno. Da seriedade do outono. A primavera, linda que só ela, anuncia que dias felizes estão próximos: e realmente estão. Vai chegando o fim do ano e a cabeça vai mudando; involuntariamente faço uma balanço da minha vida nos 300 dias vividos nesse ciclo. Isso me é muito válido, porque é quando escolho aquilo que vou levar comigo, e aquilo que vou deixar pra trás. Assim, só me cabe o que foi bom (e os aprendizados). Em tese, consigo um grande nível de satisfação, mas quem nunca se pega pensando "aquilo eu queria de novo..."?  O pior de tudo é perceber que esse "aquilo" está cada vez mais longe do meu presente e cada vez mais concretizado no passado. E pior ainda, é saber que não há nada que eu possa fazer pra mudar isso. 
Hoje eu conversava com a Júlia, e ela me empolgou bastante falando sobre o cabofolia, pra irmos e tal. Então eu lembrei do meu último cabofolia, e lembrei o quanto a felicidade estava ao alcance das minhas mãos. Por sorte não fui cega, mergulhei de cabeça... E agora fica em mim só algumas lembranças, fotos e saudade. Vou dormir na esperança de sonhar com esse meu "amor infinito vivido em dias contados" que vai ocupar, sempre, um lugar privilegiado no meu coração.