Eu,
assim como tantas outras pessoas, sou movida por amor. Sempre acreditei que
esse amor tinha que vir de um outro alguém e cair no meu colo, mas graças à
maturidade e ao autoconhecimento, que esse ano, em especial, me vieram em
abundância, venho descobrindo outras formas de amor, o amor à vida.
Crescer
vendo princesas e filmes com finais felizes fazem uma lavagem cerebral na
gente, e ficamos idealizando coisas que devem SIM acontecer, mas não agora. Descobri-me
em uma fase que não lembro já ter experimentado antes, e tenho gostado... Muito! Não ter ninguém em mente deixa um
espaço imenso dentro de mim, tão imenso que fico leve. O melhor sentimento é
poder escolher não escolher ninguém além de mim mesma, das minhas amigas, da
minha família: pessoas que me completam de diferentes formas e me fazem
experimentar vários tipos de amor.
Um
dia, quem sabe, vai aparecer alguém, e meu coração vai dar um sinal. Eu vou
saber. Até lá, quero viver sem me afogar em expectativas, sair sem rumo, e ser guiada pelo acaso. Quero me perder e me encontrar várias vezes, e em todas
elas, descobrir algo novo sobre essa coisa mágica, surpreendente e intensa que
é a vida. Quero explorar novos lugares, novos desafios e novos olhares, até que
um dia, quem sabe, quem sabe, meu olhar seja hipnotizado por um outro olhar, e
aí, eu tenha a liberdade de escolher me prender, quem sabe, pra sempre.